segunda-feira, 28 de junho de 2010

Bastidores 3a. Etapa WCT 2010

Salve Jadson André!
Este grande garoto, moleque, aprontou das suas em Imbituba.
Para os que estavam lá presentes, a cada onda surfada era reforçada a certeza de que o garoto estava inspirado e iria longe no campeonato.
Meu amigo Sérgio Ramos (o Serginho da Barra do Sul) já vinha dizendo há algum tempo que as notas dele só não eram maiores devido ao vício de ficar batendo o fundo da prancha, talvez adquirido nas ondas de sua terra natal. No blog "Goiabada", Julio Adler fez a mesma observação.
Mas os seus aéreos reverses infernizaram os adversários! Não teve pra ninguém, nem mesmo para o Kelly "ET" Slater.
Pois então, era justamente sobre esta lenda que eu queria escrever...
Meu outro amigo, Kley da equipe Salva-Surf, estava trabalhando nas fases finais do campeonato, resgatando e recolocando os atletas no outside com o jet ski, como vem fazendo há anos no WCT Brasil.
Kley me falou que o mar estava muito bonito durante o campeonato, inclusive no último dia. Muito visual para ser admirado, para curtir. A cor da água, a formação das ondas, o vento batendo no lip das ondas, o sol.
Após a semifinal entre Kelly Slater e Owen Wright, vencida por Slater, Kley me relatou que ficou no canal admirando o visual do mar, das ondas, relaxando e curtindo um momento único vendo Kelly Slater surfar sozinho algumas ondas, sem ter saído da água após o término da bateria.
Mas como?
Ele acabara de vencer a semifinal e dentro de alguns minutos teria que retornar para a água para competir contra Jadson André na final. O que ele estava fazendo ali ainda? Porque não saiu da água para descansar, se reidratar e concentrar-se para a bateria final?
Pois é aí que está o detalhe da lenda: correu nos bastidores o boato de que KS9 havia percebido que Jadson André estava tirando proveito do vento que era de quadrante sul e batia na "cara" das esquerdas da Vila, facilitando a execução da sua arma fatal, o aéreo reverse. Slater então sábia e friamente ficou na água surfando após a semifinal para ganhar tempo, pois havia analisado a previsão do tempo e sabia que o vento poderia mudar a qualquer momento, tirando de Jadson André esta vantagem.
Ficando na água, Slater ganhou uns vinte minutos e após sair, requisitou seus trinta minutos de descanso antes do início da final, totalizando quase uma hora entre a semi e a final.
Não é por acaso que ele é nove vezes campeão mundial. Quando se trata de competir, todas as armas valem!
Há ainda um outro relato: parece que ele andou por Itapirubá ou Ibiraquera, não sei ao certo, surfando sem quilhas e mandando aéreos girando, provavelmente treinando para combater Jadson André.
É caríssima lenda extraterreste do surf terráqueo: Desta vez não adiantou!

Novamente, "Salve Jadson André"!

Fábio SurfBrain.

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