quinta-feira, 8 de abril de 2010

Grande Neco

Já li muitas vezes na mídia especializada em surf comentários sobre a personalidade de Neco Padaratz. Reservado, arredio (foge da imprensa), determinado, pura emoção, pura explosão, etc. Lembro de ter lido até um comentário em que o autor sugeria que ele se tornasse um eremita (se minha memória não me engana) dada a aversão ao convívio social e assédio das pessoas. Imediatamente não concordei!E não concordei sabe porque? Porque não consigo acreditar que ele possa ser realmente assim, mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, porém tendo tido um único contato com ele quando ainda era um adolescente e já promessa do surf brasileiro e mundial.
Quem não lembra da história do incidente em Teahupoo! Discordem ou não, tem que ter muita personalidade e tem que ser cascudo para assumir que ficou um certo trauma com a experiência. E os constantes problemas de coluna. Faz tempo que isto o incomoda e eu, por experiência própria, posso dizer que isto encerraria a carreira de muitos outros surfistas por aí. A mudança física (postura corporal, fortalecimento muscular, consciência do corpo e movimentos, consciência dos limites do corpo) é tão difícil, quase como aprender a andar novamente, correr, movimentar-se e até dormir e então o cara tem que ter muita vontade para realizar isto e continuar sua vida de atleta. Qualquer ortopedista ou fisioterapeuta pode confirmar o que estou escrevendo.

Bom, mas o que eu realmente queria era descrever como foi este contato com o garoto Neco Padaratz...
Era 1993, eu estava na Prainha em São Francisco do Sul acompanhando uma então etapa do campeonato catarinense de surf amador (eu acho que era isso). Depois de um bom surf na Praia Grande e de ter acompanhado algumas baterias, nos bateu a fome, em mim e na minha filha que tinha então quase três anos de idade.
Estavam na praia os irmãos "Tortinha" ou Ciampolini, bem conhecidos aqui em Santa Catarina. Naquela época eles competiam, se bem me lembro, e também tinham sua famosa Kombi lanchonete, onde vendiam tudo que precisávamos para um bom lanche. Bem, peguei minha filhotinha Naianne (Meu Deus! Ela fará vinte anos em 2010) e fomos até a dita Kombi. Devo ter comprado um sanduíche e um suco, ou algo do gênero. Estávamos ali matando a fome e chega o Neco Padaratz, um moleque. Comprou ali com os "Tortinhas" o seu lanche e, ainda de boca cheia veio brincar com a Naianne. Mas não veio simplesmente brincar com ela, ele havia comprado alguma guloseima (realmente não lembro o que era) especialmente para dar a ela. Foi muito simpático, perguntou a idade dela, o nome, perguntou se podia dar a guloseima a ela, conversou com ela, passou-lhe a mão nos cabelos despediu-se e saiu!
Como pode alguém com esta personalidade pode ser o que muitos falam por aí? Não acredito! Apenas acho que há pessoas que não são compreendidas e por isto mesmo não são respeitadas.
Neco, você já fez seu nome na história do surf brasileiro e mundial. Conquistou uma multidão de admiradores. O que vier é lucro! E que venha o melhor!
Observação:
Se me permite: larga estas rasgadas chutando a rabeta e usa esse mesmo power para desenhar o cutback e bater na espuma com "raiva" e a próxima sessão estará esperando você para um batidão reto no pocket da onda. Se me permite novamente: acho que suas pranchas (quem me dera tê-las) estão limitando seu surf. Você vai ver que os juízes vão dar mais nota para você.

Grande Neco!

2 comentários:

  1. Pode crer brother. é aquela velha história: "quem vê cara não vê coração"... Aloha!

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  2. sei lá, se ele ( O Neco ) fosse campeão do wct todo mundo ia babar o ovo.
    Deixa o cara ser o que quizer pois festa atrapalha o atleta, pricipalmente se tiver alcool e outros temperos adultos...
    O Romário ( este sim, tremendo baladeiro ) é que é mal exemplo...de tanto sei lá o que, esta até retardado, mal sabe falar , é só ver o novo comercial dele, parece que tá drogado...
    Salve Neco, P no C do monte de mané que só atrasa...
    Miguel, Santos, S.P.

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